Maternidade no período colonial

05/06/2018

A ideia de adestrar a sexualidade dentro do casamento decorre do interesse de fazer da família o eixo irradiador da moral cristã. Entretanto a maternidade estava entre as formas de resistência. pois a prole permitia:

à mulher exercer, dentro do seu lar, um poder e uma autoridade dos quais ela raramente dispunha no mais da vida social. Identificada com um papel que lhe era culturalmente atribuído, ela valorizava-se socialmente por uma prática doméstica, quando era marginalizada por qualquer atividade na esfera pública" (DEL PRIORE, 2000, p. 18).

Pois a consolidação das mulheres estava "apenas e exclusivamente na maternidade" (Del Priore, 2000, p.19), considerando-a como "o universal feminino no período colonial. A identidade feminina fazia-se a partir da maternidade, independentemente de a mulher pertencer à casa-grande, à senzala ou à palhoça bandeirista" (DEL PRIORE, 2000, p.20). Considerando os controles sexuais para a maternidade justifica-se o poder de geração como o principal fator de realização feminina. A partir disso conclui-se que o alvo do eixo da moral cristã estava nas mulheres, pois ao contrair o matrimônio elas educariam a prole segundo os preceitos cristãos formando uma sociedade cristã.

Referência:

DEL PRIORE, Mary. Mulheres no Brasil colonial. São Paulo: Contexto, 2000.



Contato: vivianedmoreira@hotmail.com 
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