Planos de Aula: Gênero e Diversidade na escola

28/09/2023

Processos metodológicos:

Pasta com materiais em PDF:


Tema 1: Relações de gênero - Como se constroem masculinidades e feminilidades: 

-  Objetivo: mostrar que ser homem/mulher é uma construção histórica, social e cultural.  -  Atividades que colocavam em pauta discussões sobre as concepções de masculinidades e feminilidades aceitas por eles, articulando-as com a construção das identidades sexuais e os preconceitos delas decorrentes, tais como a homofobia, a misoginia, a travestifobia, etc. (BENTO, 2008).


1. Desenharemos duas colunas na lousa.

2. Na primeira coluna escreveremos "mulher". Na segunda coluna escreveremos "homem".

3. Pediremos aos alunos e alunas, para falarem o nome de coisas associadas à ideia de "ser mulher". Escreveremos os nomes na primeira coluna, conforme as alunas ou os alunos sugerirem. As respostas podem ter características positivas ou negativas. Auxiliaremos as alunas e os alunos a nomearem atributos tanto sociais como biológicos.

4. Repetiremos a mesma atividade para a coluna "homem".

5. Citaremos brevemente algumas das características listadas em cada coluna para reforçar o que as alunas e os alunos disseram.

6. Trocaremos os títulos de cada coluna, isto é, substituiremos a palavra mulher pela palavra homem na primeira coluna e vice-versa. Perguntaremos aos alunos e alunas se as características listadas para as mulheres poderiam ser atribuídas aos homens e vice-versa.

7. Usaremos as questões abaixo para facilitar a discussão, sobre quais características as alunas e os alunos pensam, não pode ser atribuídas a ambos, homens e mulheres, e por quê?

Perguntas para discussão:

O que significa ser uma mulher?

O que significa ser um homem?

Vocês acham que homens e mulheres são criados da mesma forma? Por quê? Que características atribuídas ao homem ou à mulher são avaliadas como positivas ou negativas em nossa sociedade?

Como seria para uma mulher assumir características atribuídas tradicionalmente ao homem? Seria fácil ou difícil?

Como seria para um homem assumir características relacionadas tradicionalmente a uma mulher?

Qual a influência que as nossas famílias e amigos exercem sobre percepções do significado de ser homem ou ser mulher?

Quais os efeitos que os meios de comunicação (televisão, revistas, rádio, etc.) têm sobre as nossas percepções do que significa ser homem ou ser mulher?

Como é que a mídia mostra: o que é ser mulher?

O que é ser homem?

Existe alguma relação entre gênero e poder? Explique.

Como essas diferenças entre o significado de ser mulher ou de ser homem afetam o nosso dia-a-dia? E as nossas relações com a família? E as nossas relações com parceiros/parceiras íntimos?

Como podemos, em nossas próprias vidas, mudar algumas expectativas de como um homem deve agir?

Como poderíamos mudar algumas expectativas como uma mulher deve agir? O que aprendemos durante esta atividade?

Existe algo que poderia ser aplicado em nossas próprias vidas e ou relacionamentos?

Fechamento: Ao longo de nossas vidas, recebemos ensinamentos da família, da sociedade e da mídia como devemos agir e como se relacionar com os/as outros/outras. O importante é compreender que, há diferenças entre homens e mulheres, e que muitas dessas diferenças, são construídas socialmente, e que não é a biologia que nos determinam homens e mulheres. Essas diferenças podem impactar significativamente na vida diária e nos relacionamentos entre mulheres e homens. Uma sociedade patriarcal e sexista espera que os homens sejam fortes e dominantes, em seus relacionamentos, tanto com as mulheres quanto com os homens, inclusive em relacionamentos íntimos. Das mulheres se espera que seja delicada, recatada, submissa ao homem, boa mãe, dona de casa... Essas diferenças de gêneros podem ser prejudiciais, tanto para as mulheres quanto para os homens, influenciando negativamente, em suas vidas.


Tema 2: Maternidade: 

completude ou aprisionamento? Nosso objetivo era discutir o quanto os diferentes discursos (religioso, médico, psicológico, jurídico, pedagógico), pautados em fundamentações biológicas, colocam a maternidade como principal (e às vezes única) possibilidade de completude das mulheres, num amplo processo de glorificação da maternidade (BURMAN, 1999). Procuramos discutir a idéia de instinto maternal como construção histórica, problematizando o conceito de completude e as dificuldades do exercício da maternidade na vida cotidiana nos dias atuais. Desenvolvemos atividades de leitura, análise e debate de dados estatísticos sobre índices de gravidez na adolescência e suas interfaces com escolaridade e renda. 

Maternidade responsável: as obrigações e os compromissos das mães-adolescentes (e também dos pais adolescentes). Com base naquela discussão, nas informações sistematizadas e na sua experiência, responda às questões: Para as meninas: 

a) Imagine que você viesse a ser mãe agora, neste momento da sua vida. Faça uma lista das principais responsabilidades e compromissos diários que, em sua opinião, você teria com relação ao seu filho. 

b) Em sua opinião, que conseqüências essas responsabilidades e esses compromissos trariam para sua vida de adolescente? 



Tema 3: Paternidade: 

o que se espera de um pai? Este tema, diretamente vinculado ao anterior, teve como principal objetivo discutir o conceito de masculinidade, promovendo a reflexão sobre uma paternidade responsável. Procuramos debater no que consistia, na opinião dos alunos, ser um pai responsável, e propusemos que eles listassem as principais características que eles consideravam importantes para o exercício dessa função. Propusemos também a seguinte questão: Como eu gostaria que fosse meu pai? Que pai eu gostaria de ser? 

Para os meninos: 

a) Imagine que você viesse a ser pai agora, neste momento da sua vida. Faça uma lista das principais responsabilidades e compromissos diários que, em sua opinião, você teria com seu filho e com a mãe de seu filho. 

b) Em sua opinião, que conseqüências essas responsabilidades e esses compromissos trariam para sua vida de adolescente?



Tema 4: O Corpo como abrigo de nossas identidades (de gênero, raça e sexuais): 

- Objetivo: O enfoque aqui é mostrar que o corpo tem uma história e os investimentos que nele são feitos atualmente. Hoje se fala em um corpo como projeto e não mais como herança (COUTO, GOELLNER, 2007), um corpo performático, corpo-recado, corpo-outdoor, corpopublicidade. 

Discutiremos também a conexão entre intervenções corporais e consumo, o conceito de beleza e os preconceitos em relação aos corpos. Trabalhamos o conceito de identidade e a questão dos preconceitos (de raça, de gênero, de geração), discutindo a homofobia e a misoginia. Refletimos também sobre a construção da linguagem publicitária e o quanto ela veicula determinadas concepções de mundo. Foram propostas as seguintes atividades: apresentação de algumas imagens sobre intervenções corporais em várias épocas e culturas, apresentando a partir daí uma breve história do embelezamento. Outro aspecto interessante aqui consiste em desenvolver técnicas de leitura da análise publicitária, bem como fazer com que os/as alunos/as se apropriem desse tipo de linguagem e elaborem uma peça publicitária (texto/imagem), promovendo a equidade de gênero e racial.


- Assistiremos ao vídeo: "Era uma vez outra Maria", duração: 20min e 20 seg.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-ezAQj3G4EY 

Materiais necessários:

Cópias dos estudos da Folha de Apoio, ou recortes da escolha da professora.

Duração: + 2h.

Desenvolvimento: 1. Dividiremos as alunas e os alunos em cinco grupos e distribuiremos para cada grupo as histórias de homens e mulheres que estão na Folha de Apoio 7.


2. Pediremos aos alunos e alunas para lerem os estudos de caso em voz alta com seu grupo. Terão 20 minutos para discutir as histórias e desenvolver possíveis finais. Se as alunas e os alunos gostarem de fazer dramatização, poderão interpretar as histórias. 3. Pediremos aos grupos que compartilharem os finais criados por eles/elas. 4. Usaremos as questões abaixo para facilitar a discussão sobre as histórias e suas semelhanças com o que acontece entre homens e mulheres em suas comunidades. Questões: Será que essas situações existem na vida real? Existem outros exemplos de mulheres em sua comunidade que não preenchem as expectativas de como uma mulher deveria agir ou como deveria ser sua aparência? Que tipo de desafios as mulheres enfrentam em nossa sociedade? Vocês acham que as expectativas de como uma mulher deve ser ou agir são diferentes de quando nossas mães ou avós eram jovens? Se sim, de que forma? Uma mulher enfrenta desafios extras ou preconceitos dependendo de sua classe social, raça, cor, orientação sexual, religião, etc...? Se sim, de que modo? Existem outros exemplos de homens em sua comunidade que não preenchem as expectativas de como um homem deveria ser ou agir? Que desafios esses homens enfrentam? As expectativas de como um homem deve ser ou agir são diferentes de quando nossos pais ou avós eram jovens? Se sim, de que forma? Um homem enfrenta desafios ou preconceitos dependendo de sua classe social, raça, cor, orientação sexual, religião, etc...? Se sim, de que modo? O que poderíamos fazer para ajudar a promover uma maior aceitação e respeito para as diversas formas de ser e agir de homens e mulheres?

Folha de Apoio

1 - Alicia é uma jovem indígena que tem 17 anos. Ela tem um estilo próprio de se vestir, através da combinação de muitas cores na sua roupa. Ela gosta de ter todo tipo de amigo: góticos, punks, skatistas, e fala com todos. Ultimamente, ela tem se sentido triste pelas críticas que está enfrentado. Sua mãe implica com sua forma de se vestir. Sua sogra reclama com seu namorado pelo fato de Alicia sair com pessoas "indesejáveis". Sua melhor amiga deixou de falar com ela, quando Alicia conseguiu um trabalho na colônia de férias da comunidade. Disse que ela não tinha capacidade de conseguir esse trabalho, a menos que desse em cima do coordenador do programa. Alicia se sente impotente e triste com todas essas críticas, e com o fato de suas amigas e sua família não entenderem sua maneira de ser.


2 - Maria é uma mulher negra de 30 anos, que trabalha dando aulas numa escola de Ensino Médio. Uma vez, sentada a espera de seus alunos, encontrou uma mensagem em seu livro, que dizia "te amo", dentro de um coração. Ela sorriu e lembrou a primeira vez que viu Camila, sua parceira há 4 anos. Ela recordava como era difícil no início, entender que gostava de uma pessoa do mesmo sexo. Quando se reunia com seus colegas de trabalho, as perguntas mais comuns que faziam eram por que ela não era como as outras, por que ainda não tinha casado com sua idade, nem tinha um parceiro. Cada vez que escuta esses comentários, sente-se muito pressionada, porque tem medo de contar a verdade para as pessoas, pois como negra já havia enfrentado muitos obstáculos para conseguir um emprego.


3 - Roberto tem 23 anos, é branco e se casou recentemente. Ele é pintor e sua esposa, Vanessa, trabalha em um banco. Apesar de o salário de ambos serem bons, Roberto tem uma carga horária mais flexível, enquanto Vanessa geralmente trabalha longas horas. Desde que ele começou a passar mais tempo em casa, Roberto geralmente cuida da casa e prepara o jantar. Vanessa sempre apreciou o fato de Roberto tomar conta de toda casa. Entretanto, a mãe de Vanessa e algumas de suas amigas geralmente fazem comentários sobre como os homens devem ganhar mais e não cozinhar, nem limpar a casa. Apesar de Vanessa ser capaz de ignorar esses comentários, ela começou a imaginar se não seria melhor pensar em outra alternativa.


4 - Eduardo tem 35 anos, é evangélico e é professor de uma escola. Ele nunca foi casado, mas sonha em ser pai. Recentemente, ele começou um processo de adoção de uma criança. Sua família e amigos dividiram-se em suas reações. Alguns acham que ele seria um grande pai e apoiam sua decisão. Outros tentam persuadilo, dizendo que não é certo para um homem criar um filho sozinho. Eduardo desejaria ter encontrado alguém com quem pudesse dividir a responsabilidade de criar um filho. Entretanto, ele acredita que tem muito a oferecer para uma criança, e não quer perder a oportunidade de ser pai, só porque está sozinho.


5 - Ângela tem faltado à aula sistematicamente. Embora não seja uma aluna muito aplicada, sempre gostou da escola. Uma amiga de Ângela contou que ela tem faltado à escola porque está com medo, por causa dos bilhetes com xingamentos e ameaça de surras que tem recebido. Ângela é lésbica. Um grupo de meninas achou que ela as estava observando no banheiro, depois de uma aula de Educação Física. Os bilhetes são anônimos, mas Ângela suspeita que venham desse grupo de meninas. Um outro dia, ao entrar em sala, ela estava sendo xingada de "sapatão" pelas colegas.


Tema 5 - Amor romântico / paixão: 

esse tema foi dividido em dois grandes momentos. No primeiro, procuramos caracterizar a idealização do sentimento amoroso, buscando refletir de que modo costumamos gerenciar nossas relações afetivo-sexuais, enfatizando os aspectos históricos e culturais nesses modos de vivenciar tais sentimentos. Discutimos algumas características do amor romântico (a idéia de intensidade, de completude, de entrega, de eternidade) e os sentimentos de posse, ciúme, de perda do amor, observando ainda como tais temas eram/são veiculados através da linguagem poética. Algumas das atividades propostas foram a audição musical, a leitura e a análise, em pequenos grupos, de poemas e letras de música, enfocando as principais características atribuídas ao amor ou àquele que ama. No que se refere aos objetivos específicos de Língua Portuguesa, tínhamos como foco desenvolver a habilidade de compreender e utilizar recursos poéticos na expressão escrita, observando alguns dos principais elementos estruturais básicos (verso, estrofe, rima) e na linguagem figurada, através do levantamento de imagens e metáforas da linguagem amorosa. Um segundo momento tratou das novas formas de conjugalidade, mostrando a história do casamento (como ele surgiu e em que circunstâncias). Discutimos o conceito de relações instáveis, de separação e de que forma administrá-las, problematizando, nesse contraponto, o conceito de relações estáveis. As atividades propostas para esse fim foram: leitura, análise e discussão da crônica O outro, de Marta Medeiros, com foco nos argumentos principais da autora sobre os temas e ainda uma redação (texto expositivo-argumentativo) apontando as mudanças do casamento ao longo da história até os dias de hoje, bem como a leitura, análise e debate do texto Apelo, de Dalton Trevisan. Foi proposta, ainda, uma redação, em que os alunos e alunas deveriam escrever uma carta respondendo ao personagem do texto Apelo.

Dinâmica: "Diversidade sexual"

Objetivos: Promover o reconhecimento e o respeito em relação à diversidade sexual e discutir as consequências da homofobia para os indivíduos, as relações e as comunidades. Materiais necessários: Pedaços grandes de papel ou cartolinas, caneta ou lápis.

Duração: + 2h.

Desenvolvimento:

1. Não contaremos aos participantes os propósitos desta atividade.

2. Explicaremos apenas que elas/eles irão discutir os diferentes tipos de relação sexual e afetiva que uma pessoa pode ter.

3. Desenharemos um quadro com três colunas. (pode ser na lousa).

4. Perguntaremos ao grupo as características de uma relação entre um casal que se gosta, está ficando, namorando ou está casado.

5. Escreveremos essas características na primeira coluna.

6. Pediremos ao grupo que dê nome às personagens que possuem estas características em seu relacionamento. Escreveremos o nome do casal no topo da primeira coluna.

7. Caso os nomes sejam de um casal heterossexual, deveremos escrever na coluna 2 o nome da mulher do primeiro casal e o nome de outra mulher. Então checaremos se as características atribuídas ao casal da primeira coluna podem ser vivenciadas pelo casal de mulheres da coluna 2. A mesma coisa deverá ser realizada para a coluna 3, escrevendo-se os nomes de personagens de um casal homossexual.

8. Se o grupo atribuir, de início, nomes de um casal homossexual masculino ou feminino, a professora colocará o nome de um casal heterossexual na coluna 2 e, na coluna 3, de um casal homossexual masculino ou feminino (dependendo do que apareceu na coluna 1). Exemplo: o grupo sugere o nome João e Valéria para o casal da coluna 1, a professora escreverá na coluna 2 os nomes Valéria e Maria, escreveremos na coluna 3 os nomes João e Pedro.

Atividade com lugar de fala, assistiremos ao vídeo:

  • 8 DIFERENÇAS ENTRE NAMORO GAY E HÉTERO - Lorelay Fox

https://www.youtube.com/watch?v=1HuwDYBtnA4&feature=youtu.be

Questões para discussões:

 O que tem de semelhante entre essas três situações?

 O que tem de diferente entre essas três situações?

 Como a sociedade vê esses casais? Por quê?

 Mulheres e homens têm o direito de se relacionar afetiva e sexualmente com pessoas do mesmo sexo? Por quê?

 Que tipos de preconceitos são comuns em relação às mulheres lésbicas?

 Que tipos de preconceitos são comuns em relação aos homens gays?

 Que tipos de preconceitos são comuns em relação às travestis e transexuais?

 Que tipos de preconceitos ou desafios mulheres e homens homossexuais enfrentam em suas famílias? E nas escolas? Amigos e pares?

 Quais são as consequências desses preconceitos?

 O que você aprendeu durante esta atividade?

 Você aprendeu algo que poderia ser aplicado em sua vida pessoal e ou relacionamentos?

Assistiremos ao vídeo:

"Medo de Quê?" Disponível em: https://promundo.org.br/recursos/page/3/?tipo=videos, (18 minutos e 35 segundos). Este vídeo conta a história de um jovem homossexual que enfrenta alguns momentos da não aceitação de sua orientação sexual, com sua família e amigos, este vídeo ajuda a promover discussão sobre homofobia e a necessidade de respeitar as orientações sexuais. (Produzido pela Aliança H. www.promundo.org.br).

 No final do vídeo perguntaremos:

Alguém gostaria de fazer alguma consideração, falar algo? (deixar livre para manifestações).

Fechamento: Lesbofobia: embora a origem desta palavra denote medo doentio em relação às lésbicas, o termo tem sido usado para descrever a rejeição ou aversão às mulheres lésbicas e sua sexualidade. A lesbofobia geralmente se manifesta em ações discriminatórias, frequentemente violentas, que indicam ódio baseado apenas na orientação sexual feminina. Homofobia: embora a origem da palavra aponte para o significado que denota medo doentio em relação aos homossexuais (gays e lésbicas), o termo passou a ser empregado para descrever a rejeição e/ou aversão a estes indivíduos e à homossexualidade. A postura homofóbica, desta forma, manifesta-se frequentemente em ações que apontam para um ódio gratuito baseado unicamente na orientação sexual do outro.

Fontes: Glossário de Termos de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros e Movimento Nacional de Direitos Humanos. https://www.opusgay.org/legal/files/dicionario_termos_gay_lesbico_transexual.htm.



Tema 6: Dinâmica: "A delícia de ser quem somos". 

Obs.: Dinâmica adaptada do caderno: Diversidades sexuais, p.19. Disponível:www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?c onteudo=157 . 

Objetivos: Identificar a diversidade na vivência das relações sociais e sexuais; Perceber possíveis situações de preconceito em relação aos adolescentes e jovens. 

Materiais necessários: Tira de papel sulfite branca, Folhas grandes de papel; Cartões com os rótulos; Fita crepe; Cópia da letra da música: "Metamorfose Ambulante", de Raul Seixas e Pincel atômico. Duração: + 2 h. Questões a serem respondidas:  Que características um adolescente ou jovem precisa ter nos dias de hoje para ser mais valorizado socialmente?  Que características uma adolescente ou jovem precisa ter nos dias de hoje para ser mais valorizada socialmente?  Até que ponto essas expectativas sociais tolhem a liberdade e a felicidade das pessoas?  Por que as pessoas negras costumam ser mais discriminadas que as brancas?  O que acontece quando um ou uma adolescente com deficiência (com Síndrome de Down, surdo, mudo, cego, deficiente físico) frequenta uma escola comum?  O que aconteceria no seu grupo de amigos/amigas se um/uma deles/delas dissesse que é homossexual? Desenvolvimento:  Entregaremos as tiras de papel sulfite, para cada participante escreverem duas características suas, que acreditam serem diferentes das/dos outras/outros colegas.  Colocaremos todos os papéis em uma caixa, embaralharemos e redistribuiremos para todas e todos.  Pediremos que cada participante leia a tira de papel que recebeu e escreva as palavras no quadro.  Em conjunto com o grupo, analisaremos as contribuições a partir do número de vezes que cada uma delas aparece: as que têm relação com o corpo, com a orientação sexual, as de gênero, as que dizem respeito à inteligência e à personalidade, as que têm relação com o lazer ou com o estudo etc.  Perguntaremos se alguém gostaria de falar se falta alguma característica a qual gostaria de desenvolver. Por quê?  Encerraremos a integração, distribuindo a letra da canção "Metamorfose Ambulante", de Raul Seixas, explicaremos que a letra trata da diferença e da diversidade que existe em nossa sociedade. Poremos a música para tocar e convidar-se-á todos e todas para cantá-la e refletir o que o autor quis dizer. 

 Discriminação: Tratamento pior ou injusto dado a alguém por causa de características pessoais, preconceito, intolerância. Ato ou atitude que quebra o princípio de igualdade, como distinção, exclusão, restrição ou preferência, motivado por raça, cor, sexo, idade, credo religioso, convicções políticas, orientação sexual e de gênero, entre outras. 

  Embora essas duas palavras sejam usadas como sinônimo, o preconceito está mais no campo da opinião e a discriminação implica atos concretos, isto é, a ação ou o comportamento. 

 Questionaremos, quais as situações que costumam gerar maior preconceito nos ambientes em que vivem e/ou convivem? 

 Em seguida, perguntaremos, quais populações/grupos costumam ser mais discriminadas e o porquê da existência desse tipo de atitude? 

 A diferença está ligada às características pessoais que nos distinguem e nos agrupam? Como? 

Um exemplo: diferença entre adolescentes homossexuais e adolescentes heterossexuais. 

 Por que falamos em diferenças, diversidades e multiplicidade? 

 A ideia é se pensar nos tipos de preconceito/discriminação que existem em algumas instituições ou em determinadas relações. 

 Formaremos 5 grupos, e distribuiremos as instituições/relações: 

Grupo 1: família; 

Grupo 2: escola; 

Grupo 3: serviço de saúde; 

Grupo 4: grupo de amigos(as) 

Grupo 5: mídia 

 Uma vez identificados os tipos de preconceito/discriminação em cada um desses lugares, eles/elas escreverão uma lista de alternativas que possam diminuir esses preconceitos e discriminações detectados. 

 Ao final, cada grupo lê a sua lista e os demais poderão complementar com novas sugestões. 

Conclusões: 

 Sexismo é o tratamento indigno e desigual que se dá a um determinado sexo, levando-se a crer que um sexo vale mais que o outro. Em geral, o termo refere-se à discriminação sofrida pelas mulheres pelo simples fato de não serem portadoras do mesmo sexo biológico que os homens. 

 Homofobia é um termo utilizado para identificar o ódio, aversão, a discriminação e, sobretudo a violência em relação aos homossexuais. Em sentido amplo, engloba gays, lésbicas, travestis e transexuais. Mas também se utilizam as palavras lesbofobia em relação às mulheres que se relacionam afetiva e sexualmente com outras mulheres, e transfobia, para se referir à discriminação em relação aos transexuais e travestis.  O racismo é uma ideologia que justifica a organização desigual da sociedade, ao afirmar que grupos raciais ou étnicos são inferiores ou superiores, em vez de considerá-los simplesmente diferentes. Ele opera pela atribuição de sentidos pejorativos a características peculiares a determinados padrões da diversidade humana e significados sociais negativos aos grupos que os detêm. Não se trata de uma opinião pessoal porque as ideias preconceituosas e as atitudes racistas e discriminatórias são mantidas por gerações e, em cada tempo e lugar, elas se manifestam de um modo, por meio de piadas, da apresentação de personagens negros e índios nos filmes, novelas, desenhos, propagandas etc. 

 O sexismo, a homofobia/lesbofobia/transfobia e o racismo são fenômenos sociais que representam problemas reais que produzem e alimentam preconceitos, discriminações, violências e violações de direitos humanos. Geram, nas pessoas que são alvos desses mecanismos, mal-estar, insegurança, angústia, isolamento e sofrimento. Esses sentimentos podem interferir em suas relações sociais; prejudicar seu rendimento escolar, levando-as até a sair da escola; impedir seu acesso a oportunidades de emprego ou promoção no ambiente de trabalho; aumentar sua vulnerabilidade às DST/HIV/aids e ao uso de drogas, e influenciar em sua qualidade de vida e de saúde. 

Finalização da oficina: 

 Todas e todos de mãos dadas formando uma roda com os olhos fechados; colocaremos uma música suave, cada um/uma vai imaginar como seria o mundo se não houvesse discriminação.  No final, perguntaremos quem gostaria de falar o que imaginou. 

 É importante lembrarmos que somos todos/todas diferentes um/uma do/da outro/outra. Contudo, essas diferenças não podem ser transformadas em desigualdades.


Tema 7: HOMOFOBIA é crime

Dinâmica: "Filme: Orações para Bobby". 

1h 31min. Obs.: Dinâmica adaptada da Produção Didática - Turma PDE/2014. Cleide Aparecida Barbosa Bordignon. Disponível em: https://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteu do=616 . Recursos: Recursos audiovisuais (notebook, data show e caixa de som). 

Duração: + 2h 40min. 

Sinopse do filme: Esse filme conta a história de Bobby, um rapaz homossexual e sua família por princípios religiosos, principalmente, sua mãe, não aceita, pois, considera a homossexualidade um pecado imperdoável e abominável, sente vergonha de seu próprio filho e começa a trata-lo como doente. Fazendo com que seu filho Bobby sinta-se sozinho e incompreendido, o mesmo vai morar com parentes em outra cidade, não aguenta a pressão psicológica, da família e da sociedade, acaba com o sofrimento interno, com suicídio. Após sua morte a mãe procura conhecer melhor o que seu filho falava e não entendia, chega certo momento de sua vida que ela reconhece que tudo não passa de fanatismo e ignorância. Passa a participar de movimentos e luta contra o preconceito, em relação à homossexualidade, buscando uma sociedade mais justa e igualitária. 

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=qprpqnqVVuY 

Objetivos: Dialogar sobre os preconceitos e comportamentos discriminatórios em relação à diversidade sexual. Levar os alunos e as alunas a refletirem criticamente sobre o a diversidade sexual e a homossexualidade, o tratamento dado às pessoas homossexuais, na família, na comunidade escolar e nos demais espaços sociais. 

Desenvolvimento:  Assistiremos ao filme, "Orações para Bobby". 

 Abriremos espaço para discussões sobre as formas de manifestações da sexualidade. Pontos para discussões: 

 Porque se diz que os heterossexuais são normais e as demais orientações e manifestações da sexualidade são desvios de caráter ou pouca vergonha? 

 Que tipo de preconceito existe em relação a quem gosta de pessoas do mesmo sexo? Por quê? 

 Se um amigo ou uma amiga contasse a você que sente atração por pessoas do mesmo sexo, o que você faria? 

 Que tipo de preconceito e discriminação um gay costuma enfrentar? E uma lésbica? E uma pessoa bissexual? E uma heterossexual, tem o mesmo tratamento? Por quê? 

 Quais são as formas de desrespeito que adolescentes e jovens homossexuais e bissexuais enfrentam? 

 Porque é difícil para muitas pessoas aceitarem relacionamentos afetivos e sexuais, entre pessoas do mesmo sexo? 

 O que vocês pensam sobre isso? 

Obs.: Registrar as considerações apontadas.


Referência:

https://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/cadernos_tematicos/salto_futuro_educacao_igualdade_genero.pdf

Autora: Marines Preslhacosqui. Título: Sexualidade: Gênero e Diversidade na Escola 

https://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2016/2016_pdp_ped_unioeste_marinespreslhacosqui.pdf

Arquivo em pdf disponível para download abaixo:


Violência contra a Mulher

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Contato: vivianedmoreira@hotmail.com 
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